G

[...]
Eu sozinho, de verdade
Encontro em mim, minha essência
Não faço caso de ausência
E nem me incomoda a saudade
[...]

(Paulo César Pinheiro)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

18:18

Ontem a noite quase não consigo dormir pensando em um conto que se criou na minha cabeça de um minuto a outro. É algo bobo, mas que não me deixa em paz.

Ana e a chuva.

Eu vivo em uma cidade chuvosa,
a chuva era para mim como qualquer outro clima,
estava lá e uma hora passaria,
mas um dia qualquer ela me molhou de uma maneira boa,
me fez sentir,
senti cada pingo cair sobre o meu corpo e não me preocupei,
não tentei me proteger,
larguei o guarda-chuva na segunda esquina e continuei,
mas como qualquer outro clima,
a chuva foi enfraquecendo,
e passou.

Eu fiquei,
ainda estava molhada,
ainda pensava na chuva,
mas ela tinha ido molhar outro canto qualquer,
só me restou a calçada molhada,
as roupas pingando e um guarda-chuva perdido.

Depois de algum tempo eu segui meu caminho,
fui em direção a minha casa,
ao chegar no portão,
o clima pareceu mudar novamente,
a chuva notou que não ia ter mais quem molhar,
e deu sinal de que cairia novamente.


Entrei em casa e fechei as janelas,
me sequei, me cobri e dormi,
no outro dia a vida prosseguiu e os climas continuaram os mesmos.


(Mudei o final, para o que eu idealizei)

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